A água de abastecimento público do concelho de Tavira é, em grande parte, fornecida pela empresa Águas do Algarve, S.A..

A água é captada nas barragens de Beliche e Odeleite e tratada na Estação de Tratamento de Água de Tavira.

Após o tratamento, a água é fornecida aos reservatórios municipais, geridos pela empresa municipal de ambiente Taviraverde, E.M., e distribuída ao consumidor final, cumprindo os requisitos legais para a Qualidade de Água para consumo humano.

Nos locais onde a distância e/ou o isolamento não permitem a ligação a este sistema de abastecimento, o fornecimento é garantido, através das captações subterrâneas.

Nas áreas abrangidas pelas redes de distribuição de água, os proprietários dos prédios são obrigados a instalar as canalizações domiciliárias e a requerer a ligação do ramal à rede. Os procedimentos deverão ser iniciados junto da Taviraverde, E.M. que detém a gestão do serviço do abastecimento de água “em baixa”.
Para o efeito deverá ser consultado o Regulamento do Abastecimento de Água do Concelho de Tavira.

As atividades que tenham um impate significativo no estado das águas só podem ser desenvolvidas ao abrigo de um título de utilização emitido nos termos e nas condições previstos na Lei da Água (Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro, republicada pelo Decreto-Lei n.º 130/2012, de 22 de junho) e no Regime de Utilizações dos Recursos Hídricos (Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de maio).

Após ser utilizada, a água fica seriamente poluída, constituindo uma forte ameaça para o ambiente e, consequentemente, para todos os seres vivos. Por isso, a água antes de ser descarregada no meio recetor (rios, ribeiras, oceano, …) deverá passar por tratamentos nas Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR’s).

Até há algum tempo atrás, os efluentes urbanos do concelho de Tavira eram tratados em várias ETAR's, sendo que, na sua maioria, se encontravam subdimensionadas e com órgãos de tratamento pouco eficientes.

A 6 de julho de 2007, foi inaugurada a ETAR do Almargem, em Cabanas de Tavira. Esta ETAR é uma das grandes intervenções, no âmbito das águas residuais domésticas, no concelho de Tavira, e veio possibilitar a recolha do efluente, promovendo a desativação de várias ETAR’s existentes.

Esta ETAR é gerida pela Águas do Algarve e constitui uma solução moderna para que os esgotos tenham um tratamento eficaz e possam ser descarregados com a devida qualidade no meio recetor.

Nos termos do Regulamento de Saneamento em vigor, é obrigatório estabelecer as canalizações e os dispositivos interiores necessários à recolha, ao isolamento e à completa drenagem das águas residuais, e, ainda, ligar essas instalações à respetiva rede geral de águas residuais, através de ramais independentes nos aglomerados populacionais servidos por redes gerais de águas residuais.

Os proprietários, ou usufrutuários dos prédios, onde existam fossas de despejo de matérias fecais, de águas residuais ou quaisquer sistemas de tratamento e/ou eliminação individuais, são obrigados a entulhá-los, no prazo de 30 dias, após a entrada em funcionamento do sistema. Depois de esvaziadas e desinfetadas, as matérias retiradas devem ser enterradas.

Passa, igualmente, a ser proibido construir fossas séticas ou quaisquer sistemas de tratamento e/ou eliminação de águas residuais.

A ligação das águas residuais domésticas à respetiva infraestrutura deverá ser feita, no prazo de dois meses, período durante o qual os proprietários deverão proceder à ligação das redes privadas à rede geral, através das caixas de ramal deixadas junto de cada prédio, sendo a intersecção do esgoto privado feita antes da respetiva fossa.

Os cursos de água que percorrem o concelho são todos de regime torrencial/temporário. Na época das chuvas chegam a transportar consideráveis volumes de água e, por vezes, galgam o leito e inundam o território adjacente onde, normalmente, estão instaladas as culturas.

As linhas de água mais relevantes são as seguintes: Alportel, Assêca/Séqua/Gilão, Almargem, Beliche, Odeleite e Foupana.

No concelho de Tavira a principal linha de água é o Rio Séqua que adquire, na cidade, um novo nome, o de Rio Gilão. Este rio nasce na serra, e juntamente com a Ribeira de Almargem, desagua na Ria Formosa.

O Rio Gilão abrange uma área de cerca de 232 Km2, totalizando um comprimento de 56 Km até à sua foz na Ria Formosa (na zona das Quatro Águas). Constitui o curso de água mais importante do sistema hidrográfico das Ribeiras do Sotavento Algarvio, resultado da confluência da Ribeira de Alportel com a Ribeira da Assêca.