A cidade de Tavira é considerada por muitos estudiosos como uma área de risco de cheia com elevada vulnerabilidade essencialmente ao nível das zonas centrais, ribeirinhas, onde se encontram os diversos setores económicos importantes como o comércio, turismo e elevada densidade populacional.
A bacia hidrográfica do Rio Gilão fica inserida na área do Parque Natural da Ria Formosa e zona baixa da cidade, o que devido à conjugação de elevada precipitação com a preia-mar, provoca uma grande elevação do nível das águas do Rio Gilão originando cheias.
O concelho de Tavira foi atingido por diversas cheias provocadas por precipitações intensas ou moderadas e permanentes associadas aos níveis de maré, inundando áreas contíguas às suas margens.
Todavia, associado a fortes chuvadas na zona serrana não é raro verificar a acumulação de canas e outra vegetação no leito do Rio Séqua/Gilão, que tudo indica, são provenientes da Ribeira da Asseca onde fazem margem por vários quilómetros.
Com a força e a rapidez produzida pela água da Ribeira e consequentemente do Séqua, a vegetação é arrancada constituindo-se não apenas um facto de incremento das condições para a ocorrência de cheias na cidade como o arrastamento de todos aqueles detritos coloca em risco as embarcações e as pontes, chegando a tomar a forma de uma barragem artificial.
Pretendendo solucionar o problema contribuindo para o controlo de cheias e outras intervenções de sistematização fluvial, o Município de Tavira apresentou um projeto ao Fundo de Recursos Hídricos que se enquadra no objetivo prioritário de promoção e utilização racional e proteção dos recursos hídricos através da afetação de recursos a projetos e investimentos necessários ao seu melhor uso.