Cultura Geral

Conheça os homenageados do Dia da Cidade de Tavira

No dia 24 de junho, o Município de Tavira assinalou mais um Dia da Cidade, o qual incluiu a atribuição de medalhas de bons serviços e dedicação aos funcionários com 20 e 30 anos de serviço e municipal de mérito. As comemorações integraram o hastear das bandeiras, nos Paços do Concelho, seguida da sessão solene, na Biblioteca Municipal Álvaro de Campos.

O Município homenageou com medalha municipal de mérito grau ouro a Banda Musical de Tavira, a Sociedade Recreativa Musical Luzense e João Pedro Gonçalves Neves.

A Banda Musical de Tavira é uma das mais antigas e prestigiadas filarmónicas da região.

Fundada, em 1925, como “Banda Musical dos Bombeiros Municipais” com 25 elementos, em dezembro do mesmo ano, adotou o nome “Banda Musical de Tavira”, por iniciativa do poeta e Presidente da Câmara Municipal de Tavira, à época, Isidoro Manuel Pires.

Uma coletividade centenária que sobreviveu, até aos nossos dias, fruto da dedicação das diversas direções e músicos que se empenharam no ensino e na aprendizagem da música. Várias gerações passaram por esta banda e houve até quem opta-se por seguir a carreira profissional de músico.

Atualmente, a Banda Musical de Tavira é composta por cerca de 45 elementos, os quais são dirigidos pelo maestro Filipe Martins Bagarrão.

Simultaneamente, dispõe de uma Escola de Música com diversos alunos, assegurando a tradição e o ensino desta arte.

A Banda Musical de Tavira tem uma agenda preenchida, a qual inclui concertos, festivais, arruadas e procissões. Destaque também para a criação da Charola que interpreta e apresenta, no início de cada ano, cânticos em honra do Menino Jesus.

A Sociedade Recreativa Musical Luzense fundada a 13 de maio de 1925, celebrou este ano o seu centésimo aniversário. Esta coletividade, com sede na freguesia da Luz de Tavira, tem-se afirmado, ao longo de um século, como um marco da identidade local, do associativismo, da cultura, da história local e do espírito comunitário. Preside, atualmente, a esta associação Lígia Pereira.

Criada, no início, como coletividade musical local, assumiu um papel central na freguesia da Luz e do concelho.

Ao longo dos anos, tornou-se um espaço privilegiado para acolher concertos, encontros da comunidade e eventos culturais e inclusive, sessões do Orçamento Participativo Municipal.

Esta coletividade é um ponto de encontro sociocultural, manteve viva a tradição e ampliou o seu papel com envolvimento cívico, contribuindo para a vida cultural e democrática da freguesia.

A Sociedade Recreativa Musical Luzense representa um século de cultura, tradição e participação ativa, um espaço essencial na história e identidade da Luz de Tavira.

João Pedro Gonçalves Neves nasceu a 27 de setembro de 2004, em Tavira. Jovem futebolista ocupa a posição de médio centro/médio-defensivo com grande capacidade de passe, posicionamento e visão de jogo.

Começou o seu percurso, na Casa do Benfica de Tavira (2011-2012), seguindo-se CB Albufeira (2012-2016) e ingressou na “seixalense” Benfica, em 2016.

Assinou contrato profissional com o Benfica, em dezembro de 2020. Ganhou a UEFA Youth League em 2021/22, tendo sido promovido em 2022. Disputou 50 jogos pela equipa principal e 11 pela equipa B.

Em agosto do ano passado, foi transferido para o Paris Saint-Germain com contrato até 2029.

Nas suas conquistas constam os títulos nacionais e Youth League 2021/2022 com o Benfica Sub-19; a Primeira Liga 2022/2023 e Supertaça 2023 pela equipa principal do Benfica; Liga, Taça de França, Supertaça e Liga dos Campeões com o PSG; a Liga das Nações, este ano, ao serviço da seleção A de Portugal, na qual já marcou presença em 16 jogos.

João Neves é elogiado pelo seu controlo de jogo, desde a posição de médio-defensivo. Visão de jogo apurada, passe preciso e capacidade de pressão alta; agilidade, equilíbrio e resistência (apesar da estatura); versátil, desloca-se, frequentemente, entre linhas para criar superioridades numéricas.

Em suma, o jovem tavirense João Neves é uma das maiores revelações do futebol português: dos relvados do Algarve ao triplete europeu com o PSG e um papel crescente na seleção nacional. A sua maturidade tática e polivalência tornam-no num elemento fundamental, tanto a nível de clube, como pela seleção.

Âncora – Associação Centro Comunitário de Santa Luzia, Armação do Artista – Associação Artístico-cultural e Desportiva, Clube de Tavira, Pontão- Associação de Solidariedade Social da Conceição de Tavira, Maria Otília Martins Cardeira e Carlos Alberto Pires Rodrigues foram reconhecidos com medalha municipal de mérito grau prata.

A Âncora – Associação Centro Comunitário de Santa Luzia é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), fundada em 10 de março de 2001, no concelho de Tavira. Sediada na freguesia de Santa Luzia, a associação tem vindo a afirmar-se como um agente central na promoção da coesão social, na inclusão ativa e na dinamização comunitária do território.

A missão da Âncora assenta na prestação de respostas sociais integradas, com especial enfoque nas áreas da infância, terceira idade e intervenção comunitária, promovendo o bem-estar, a autonomia e a qualidade de vida dos seus utentes.

Atualmente, a associação desenvolve a sua atividade através de duas valências principais:

  • Âncora Júnior que inclui berçário, creche e jardim de infância, num ambiente educativo centrado no desenvolvimento integral da criança;
  • Âncora Sénior, que compreende um Centro de Dia e um Serviço de Apoio Domiciliário, prestando cuidados diários a dezenas de pessoas idosas ou em situação de dependência.

Com uma equipa técnica e educativa robusta e competente e com o apoio regular de voluntários, a associação desenvolve ainda projetos de envolvimento intergeracional, educação não formal, atividades culturais e ambientais, e promove momentos de encontro e participação ativa da comunidade.

O envelhecimento ativo, a intergeracionalidade e a responsabilidade social são pilares de ação da associação que, com enorme esforço e dedicação, supera dificuldades e faz das fraquezas forças sempre com foco na resposta a cada um dos que a ela recorre.

A Armação do Artista – Associação Artístico-Cultural e Desportiva nasceu em 2006, com direção artística a cargo de Vítor Correia. Tem vindo a afirmar-se como um polo de teatro comunitário e de participações intergeracionais.

Esta tem como objetivos promover o desenvolvimento cultural, artístico e social, por intermédio de atividades de estudo e formação, de difusão de conhecimentos nos domínios das artes e das novas tecnologias, assim como de projetos transdisciplinares e de organização de eventos.

Destaque para a encenação da Lenda da Moura Encantada, a qual ocorre, na noite de São João, 23 de junho, junto à muralha do Castelo de Tavira. Este é um espetáculo ao ar livre que envolve várias gerações.

A Armação do Artista é ainda responsável pela produção de peças infantojuvenis com textos de autores locais (como Sandro Colaço) e cujas sessões decorrem, em grande parte, na Biblioteca Municipal Álvaro de Campos.

Em colaboração com a Casa Álvaro de Campos, a Armação do Artista participa na celebração do poeta tavirense Álvaro de Campos (heterónimo de Fernando Pessoa) com performances teatrais e musicais.

A associação tem, ainda, como finalidade fomentar a cooperação e solidariedade entre os associados ao dinamizar iniciativas que respondam a necessidades sociais.

Do seu histórico fazem, ainda, parte as seguintes produções artísticas:

– “As minhas amigas gaivotas”;

– “Santos da casa não fazem milagres”;

– “A família que perdeu a cabeça”;

– “A Tabacaria”;

– “Mestre Almada”;

– “Sonho de um arquipélago de verão”

– “Ode marítima” e

“Apenas um Remo o outro Rima”

A Armação do Artista oferece cultura acessível e fortalece a identidade tavirense, transportando lendas e poesia à comunidade – mantendo viva a herança cultural da região.

Esta tem mantido uma relação próxima com o Município e a Junta de Freguesia, contribuindo para a vida cultural de Tavira com empenho e regularidade, sem deixar de participar em iniciativas nacionais e internacionais.

Olhando para o futuro, a Armação do Artista mantém o compromisso de continuar a diversificar a sua atividade e a crescer de forma coerente, com o firme propósito de concretizar um dos seus maiores sonhos: criar uma companhia de teatro sustentável, inovadora e enraizada em Tavira — uma companhia feita por e para a comunidade, com os olhos postos no amanhã.

O Clube de Tavira é uma associação cultural centenária. Para o ano completa 150 anos, ou seja, uma agremiação do século XIX ainda em atividade.

Fundado, em 1876, este clube social histórico foi e continua a ser, frequentemente, palco da vida cultural tavirense. Conhecido antigamente como Grémio Tavirense, este espaço surge, hoje, como versátil, dado que acolhe concertos, workshops, mercados e eventos comunitários.

A mais antiga Associação Cultural de Tavira e uma das mais antigas do país teve já várias vidas – nasceu monárquica, como Grémio Tavirense, testemunhou a implantação da República, vindo a absorver, em 1923, o Clube de Tavira, fundado 20 anos antes por militantes do partido republicano. Passou pela ditadura, pela guerra colonial e a 25 de Abril de 1974 barricaram-se na sua sede alguns sócios, afim de evitar a ocupação do edifício.

Foi também, em 74, que o antes extremamente elitista Clube passou a aceitar sócios de outras classes sociais, deixando de se compor apenas por altas patentes e famílias abastadas.

Tento resistido à passagem dos tempos e das vontades, sofreu obras e alterações, com grande esforço dos remanescentes sócios e amigos. Reergueu-se, pouco a pouco, e hoje pode orgulhar-se de ser uma referência cultural e social na cidade.

Coopera e alberga cerca de 20 outras associações e entidades, recebe mais de 150 eventos anuais, tendo renovado o seu tecido social, com especial ênfase na camada jovem que se inicia agora no associativismo.

Destaque para o Festival de Inverno (janeiro a março) que combina música ao vivo, artes plásticas, mercados alternativos e poesia, criando uma celebração cultural no Jardim do Sapal.

No âmbito do programa municipal Equinócios, o Clube de Tavira apresenta espetáculos de teatro e dança como “Palavras para quê?”, promovendo intercâmbio cultural com outras associações locais.

Situado, no centro histórico, o clube possui uma sala polivalente e um encantador terraço, ideais para atos culturais ou momentos de convívio informal, especialmente aproveitados nos meses mais quentes.

O Clube de Tavira tem sido um motor de dinamização cultural em Tavira, servindo de palco a novas gerações artísticas (música, teatro, comédia, artes plásticas).

Ao receber eventos que reforçam o sentido de comunidade e identidade, o Clube contribui para manter Tavira uma cidade ativa, criativa e plena de atividades, ao longo do ano.

Com um legado que deixa um ar de esperança e continuidade para o futuro, o Clube de Tavira continuará resistente na Rua da Liberdade, onde deverá existir para além da posterioridade de todos nós, numa missão de serviço à comunidade tavirense.

“O Pontão” – Associação de Solidariedade Social da Conceição de Tavira foi fundada a 27 de outubro de 2000, tendo como base a vivência comunitária da freguesia.

O seu nome advém de uma memória coletiva: antigamente, “o pontão” era o local onde as pessoas se juntavam na Conceição, especialmente quando cafés e comércio estavam encerrados, para conversar e partilhar notícias e petiscos.

Nesta instituição as prioridades são as crianças e os idosos. O Centro de Dia visa fomentar uma melhor qualidade de vida à população sénior de forma mais serena e feliz, assegurando cuidados de higiene, alimentação, transporte e atividades socioculturais.

A creche considera a realidade de cada criança e família e empenha-se na educação, assim como no desenvolvimento físico e emocional de cada um, criando um espaço de afetos e mimos.

Em termos de parceria, esta associação juntou-se ao Município de Tavira na iniciativa “Brigada do Ambiente – Os T’aviristas”, demonstrando o envolvimento em projetos comunitários que valorizam o conhecimento sénior.

“O Pontão” tornou-se núcleo de solidariedade intergeracional, na Conceição, reunindo crianças e idosos, num espaço de convivência, educação e cuidados. Evoluiu com projetos sustentáveis, parcerias locais e continua a sua história e missão.

Maria Otília Martins Cardeira, natural de Cachopo, teve um papel ativo na comunidade e a vontade de transmitir às novas gerações as artes e os sabores do concelho tavirense.

De 1986 a 2002, Otília Cardeira ocupou a função de tecedeira, na Associação “A Lançadeira”, onde teve a oportunidade de criar diversos trabalhos, assumindo a responsabilidade desde a gestão, o desenho, os acabamentos e o comércio dos produtos.

Sempre ligada às artes, a nossa homenageada apostou na formação e no ensino em entidades como a Associação In Loco, a Direção Regional de Agricultura do Algarve e o Instituto de Emprego e Formação Profissional.

O seu currículo é vasto. Otília Cardeira é animadora e gestora do Património Natural e Cultural, doceira tradicional, produtora e fiadora do linho têxtil e tecedeira manual, tendo aprendido também a arte de arraiolos.

A sua conexão com as artes e a tradição, fizeram com que Otília Cardeira integrasse o Grupo de Cantares de Cachopo e assumisse a função de Presidente da Associação de Artes e Sabores de Tavira (ASTA), pelo período de 20 anos.

A par de toda esta dedicação aos ofícios tradicionais, Maria Otília Cardoso foi Presidente da Junta de Freguesia de Cachopo pelo Partido Socialista, durante oito anos.

Carlos Alberto Pires Rodrigues, mais conhecido como Carlos Belhy, nasceu em Tavira, em 1958, onde estudou até ao 5.º ano do antigo Curso Geral de Mecânica. Em 1977, começou a trabalhar na Câmara Municipal de Tavira, onde exerceu diferentes funções até 31 de março de 2024. Em 1978, foi residir para a freguesia de Santa Luzia, integrando e relacionando-se, rapidamente, com as pessoas desta vila.

Candidatou-se à Junta de Freguesia, pela primeira vez, em outubro de 2025, tendo vencido duas vezes seguidas com maioria absoluta. Durante esse período, assumiu, por inerência do cargo de Presidente da Junta de Freguesia, o lugar de deputado na Assembleia Municipal de Tavira.

No ano de 2021, Carlos Rodrigues fez parte de uma lista à Câmara Municipal de Tavira, não tendo alcançado a vitória.

Foram homenageados com medalha municipal de mérito grau cobre Associação Gimnochamps Tavira, Duarte Guerreiro Custódio, Ser Igual – Associação de Serviços Especiais de Reabilitação e Igualdade, Silvéria Ferreira Lopes Correia e Vítor Manuel Bota Palmilha.

A Associação Gimnochamps de Tavira (AGT) é um clube dinâmico de ginástica sediado em Tavira que se dedica tanto à formação desportiva, como à inclusão social. Fundada a 24 de abril de 2020, na freguesia de Santo Estêvão, com o apoio de Leonor Madeira, Marco Encarnação e Mónica Martins encontraram, no nosso concelho, o cenário ideal para criar um projeto com propósito, alma e impacto comunitário.

Marco Encarnação, treinador de ginástica desde 2017, foi distinguindo como Treinador do Ano em 2019.

Disponibilizam várias modalidades: ginástica acrobática, trampolins, ginástica artística (feminina e masculina), ginástica aeróbica (pioneira no Algarve) e Ginástica para Todos.

Atualmente, contam com mais de 70 atletas federados, treinadores experientes e credenciados, promovendo uma visão moderna e inclusiva do desporto.

Esta associação surgiu como uma continuidade da antiga classe de ginástica de Tavira, criando um impulso à modalidade na região.

Das suas principais conquistas constam:

– Campeonato Nacional 1.ª Divisão- Ginástica Acrobática. O par Ana Calado e Madalena Rego conquistou a prata nos exercícios de equilíbrios e all around. Esta dupla foi ainda campeã nacional em dinâmicos.

– Participação pioneira em campeonatos nacionais de trampolim, ginástica artística e aeróbica, incluindo categorias adaptadas (Special Olympics), alcançando lugares de pódio.

– Vários títulos e medalhas conquistados em Campeonatos Territoriais e Nacionais por equipas e individualmente.

Organizam, com regularidade, eventos como: Sarau de Verão, Sarau de Natal, bem como encontros e torneios de preparação para diversas modalidades.

A AGT destaca-se por combinar performance desportiva e inclusão, elevando o nome de Tavira em várias frentes da ginástica, tanto a nível nacional como regional. Trata-se de um projeto ambicioso, comprometido com a formação integral dos seus atletas.

Duarte Guerreiro Custódio iniciou os cargos de gestão no Agrupamento D. Manuel I, no início dos anos 90. Foi secretário do Conselho Diretivo (1992/93 e 1996/97) e, mais tarde, vice-presidente (2000/01, 2001/02 e 2004/05). A 14 de julho de 2009, tomou posse como diretor deste agrupamento, tornando-se responsável pela direção escolar.

Renovou posição para o quadriénio 2017-2021, em sessão pública a 27 de julho de 2017, e uma vez mais, a 1 de setembro de 2021 para mandato 2021-25.

No ano letivo 2024/25, continua a exercer o caro de diretor com a equipa composta por um subdiretor e duas adjuntas.

Como diretor do Agrupamento de Escolas D. Manuel I, Duarte Custódio, entre outras funções e competências, conduz a coordenação administrativa, pedagógica e estratégica deste estabelecimento escolar. Em suma, o professor Duarte é a figura central na direção deste Agrupamento há mais de 15 anos, guiando os vários ciclos de ensino (pré-escolar, 1.º a 3.º Ciclos do Ensino Básico) com sucesso na gestão escolar e comunitária, tanto no âmbito pedagógico e administrativo.

A Associação SER Igual foi fundada em novembro de 2017, resultado da união de um grupo de amigos com um objetivo comum: apoiar os seus filhos e todas as crianças com deficiência, procurando fazer a diferença nas suas vidas e nas das respetivas famílias.

Na altura, a principal preocupação era encontrar uma solução para o período de férias escolares de verão. Assim, surgiu a intenção de colmatar a ausência de programas de ocupação de tempos livres direcionados para crianças com deficiência. As primeiras atividades de verão tiveram lugar no verão de 2018 e revelou-se um verdadeiro sucesso.

Durante 8 semanas as crianças puderam usufruir de atividades e seus pais conseguiram manter as suas vidas laborais normalizadas.

Outro dos grandes desafios identificados na altura, foi o elevado custo das terapias para crianças acima dos 6 anos e a inexistência de oferta do sistema público. Por esta razão, a SER Igual formou uma equipa terapêutica e procurou ativamente novos parceiros e mecenas, de modo a conseguir realizar sessões terapêuticas a um custo mais baixo comparado com o mercado à data.

Um dos pilares fundamentais da associação é a vertente terapêutica. Através de uma equipa transdisciplinar composta por profissionais especializados nas áreas da fisioterapia, terapia da fala, terapia ocupacional, entre outras. A Associação faz um acompanhamento individual de acordo com uma avaliação especializada personalizada acompanhando o plano terapêutico da criança/jovem. Este acompanhamento envolve a família, sendo uma abordagem personalizada e sistémica a cada família. Promovemos desta forma o bem-estar integrado da criança/jovem e sua família, respetivamente o bem-estar físico, mental, emocional e social.

Em 2020 a SER Igual vê aprovado pelo CRESC ALGARVE 2020 / PORTUGAL 2020, o projeto ALLSPORT, que tinha como objetivo colmatar mais um problema identificado, a exclusão social e privação de participação em atividades desportivas pelas crianças e jovens com necessidades educativas especificas. Este projeto foi direcionado a crianças e jovens com idades entre os 6-14 anos com diagnostico clínico e com NEE (Necessidades Educativas Especiais) e que se encontravam em pelo menos em uma das seguintes situações: Não conseguiam integrar associações /clubes desportivos depois do horário escolar; crianças em situação de exclusão/isolamento social devido às necessidades especiais; crianças impossibilitadas de frequentar programas de reabilitação devido aos baixos rendimentos familiares; normalização da dinâmica familiar, de pais com mais de 1 filho.

Perante este problema identificado a SER Igual propôs-se a Capacitar os agentes desportivos (clubes, Personal Trainers, treinadores…) para que ultrapassassem os constrangimentos associados à integração de crianças e jovens com NEE. O projeto assentou na disponibilização de um conjunto de fatores (materiais, imateriais, know-how, económicos, institucionais) mobilizados para o objetivo central de promover a inclusão e ultrapassar o paradigma em vigor que assentava na integração. O resultado foi bastante positivo ao ponto de hoje em dia termos crianças e jovens que integram como atletas algumas modalidades desportivas de Tavira e são reconhecidos pelo seu mérito como atletas.

O ALLSPORT, assim, se destaca como um projeto com impacto social positivo, não apenas no desenvolvimento físico e mental dos atletas, mas também na promoção de valores como respeito, solidariedade, equidade e igualdade para as outras crianças que treinam com estes atletas.

Além deste projeto já desenvolveu outros de aplicação regional nas áreas da Comunicação (projeto com características de estimulação de capacidades após COVID).

É neste contexto que a SER Igual continua empenhada em encontrar apoios e parcerias que lhe permitam dar continuidade à sua missão de apoio às famílias e crianças com deficiência, assegurando o acesso a terapias de qualidade, a programas de inclusão social e apoio aos cuidadores.

Atualmente a SER Igual apoia cerca de 130 crianças a partir dos 0 anos e realizamos rastreio gratuitos de desenvolvimento infantil para apoiar famílias, agentes educativos e comunidade nas dúvidas que possam surgir sobre aspetos do desenvolvimento infantil, sinais de alerta e demais preocupações.

Seguindo sempre o lema: SER Igual é mais do que dizer, é fazer!

Silvéria Ferreira Lopes Correia, natural de Monte Gordo, com apenas 15 anos, rumou à cidade de Tavira com um sonho – tornar-se enfermeira. Desde cedo que sabe que encontrou a sua vocação – ajudar quem precisa e proporcionar-lhes conforto e cuidados com dignidade e respeito.

Em 1955, por intermédio de uma tia que trabalhava no Hospital da Misericórdia de Tavira, Silvéria conseguiu entrar na equipa, aprender e praticar o exercício de enfermagem, começando assim a sua carreira.

Desde a sua entrada, adaptou-se bem e aprendeu com facilidade o que era ensinado. Assistiu a consultas externas, inúmeros partos, esteve presente no bloco operatório e apoiava utentes com doenças como tuberculose e cólera, entre muitas outras coisas. Proporcionou a doentes terminais um fim de vida digno, com o apoio das suas famílias por perto. Facilitando, muitas vezes, a presença das mesmas junto do seu familiar, por vezes, durante a noite, a horas fora do horário de visitas, sempre com empatia, respeito e consideração por quem estava a passar por um momento tão difícil. À parte, encontrava-se com as famílias e dava-lhes uma palavra de conforto, explicando que, mesmo não parecendo, o utente, com um toque na mão ou um sussurro, estaria a senti-los e a ouvi-los.

Mais tarde, Silvéria seguiu para Faro para tirar o curso de enfermagem. Concluído o curso com excelência e obtendo o melhor resultado da turma, voltou para o hospital de Tavira que, desde cedo, a acolheu e lhe reafirmou a sua vocação.

Quando construído o centro de saúde novo, o atual, apenas o serviço de internamento se manteve no antigo hospital, passando o resto para o novo. Silvéria passou a fazer turnos em ambos.

Além da sua profissão, Silvéria Correia foi vicentina (durante 45 anos), continuando a ajudar quem mais precisava, de outra forma, a nível social.

Silvéria sente-se concretizada por ter realizado o seu sonho de menina e muito feliz por saber que teve um impacto positivo na vida de muitos, incluindo a sua única filha, Maria Margarida, que seguiu os seus passos na carreira de enfermagem.

Vítor Manuel Bota Palmilha, nascido em Tavira em janeiro de 1950, foi fundador e é o atual Presidente da Federação de Caçadores. Foi reeleito, por unanimidade, para o mandato 2025-2029, assumindo o cargo na Assembleia Geral realizada, em Tavira, no final de maio.

No ato da eleição, o próprio anunciou que será o seu último mandato na presidência desta Federação, apelando à formação de novos quadros.

Vítor Palmilha já tinha presidido a esta Federação, entre 2008 e 2012. A par disso, em 2022, assumiu também a presidência da Confederação Nacional dos Caçadores Portugueses (CNCP).

A Federação de Caçadores do Algarve foi fundada a 27 de setembro de 1991, com sede em Tavira. Esta representa cerca de 260 clubes, associações e empresas de turismo cinegético. Atua na defesa da prática da caça regulamentada, cooperação com agricultores e conservação da fauna enquanto promove a ação ambiental, assim como a limpeza de matos com fins solidários.

Mas o percurso de Vítor Palmilha não se resume apenas a esta componente. No desporto, marcou presença nas modalidades de atletismo, andebol e ténis de mesa.

Dedicou-se, desde muito cedo ao associativismo, tendo sido presidente da Sociedade Orfeónica de Amadores de Música e Teatro, com apenas 18 anos. Anos mais tarde, integrou a Direção do Ginásio Clube de Tavira.

Foi funcionário do Ministério da Agricultura, durante mais de 40 anos.

As celebrações deste dia encerraram em grande com o concerto dos Calema, o qual encheu a cidade de Tavira de pessoas, brilho e alegria.