Cultura

Verão em Tavira 2025: Em julho e agosto – Um encontro com a cultura, a natureza e a identidade mediterrânica

Durante os meses de julho e agosto, Tavira transforma-se num palco vivo de arte, música, tradição e descoberta. O Município convida residentes, visitantes e todos os que vivem a cultura a mergulhar num verão cheio de experiências memoráveis.

Mais do que um programa cultural, o Verão em Tavira é um convite à fruição da cidade, à partilha com a sua comunidade e ao reencontro com o património imaterial que define o Algarve. Num território conhecido pelas suas praias e paisagens naturais, Tavira afirma-se também como a capital cultural da região, com uma programação artística de excelência que valoriza o que é autêntico, contemporâneo e identitário.

Cidade singular no coração do Parque Natural da Ria Formosa e símbolo da Dieta Mediterrânica – património cultural imaterial da humanidade – Tavira oferece uma combinação única de beleza, património, gastronomia e hospitalidade. Este verão, descubra Tavira com todos os sentidos.

Ao longo de dois meses, as artes de rua assumem um papel central nesta celebração cultural, ao ocuparem os espaços públicos e devolverem às praças, ruas e aos largos da cidade a sua função original de encontro, expressão e convívio. Com linguagem universal, acessível e envolvente, o teatro, o circo e a performance em espaço urbano reforçam o espírito democrático da cultura e aproximam criadores e comunidades num diálogo direto, espontâneo e surpreendente.

Em julho, o arranque faz-se com o aclamado Cenas na Rua – Festival Internacional de Teatro e Artes na Rua de Tavira que leva o teatro, o circo e a performance a vários pontos da cidade com companhias de renome internacional: a francesa Picto Facto traz um impressionante cortejo de figuras infláveis luminosas; o espanhol Leandre Ribera, mestre do clown poético, apresenta o seu premiado Fly Me to the Moon; a companhia La Corcoles estreia-se em Portugal com um delicado número de funambulismo; de Itália chega o físico e musical numa produção conjunta de Circo Carpa Diem e Teatro Necessario; e de Portugal destacam-se o teatro visual de Teatro Só (sedeado na Alemanha), a música acrobática de ConCorda, o humor de Enano e a criatividade da estrutura tavirense Armação do Artista.

Logo depois, a Praça da República torna-se o coração musical da cidade, acolhendo projetos como a explosiva Fanfare Ciocărlia, referência mundial das fanfarras balcânicas; o coletivo Bateu Matou que funde percussão tradicional com eletrónica urbana; Tiago Nacarato, representante da nova canção portuguesa; Moullinex & GPU Panic, com batidas modernas e dançantes; e os ritmos afro-lusófonos de Fogo Fogo sem esquecer a música e boa disposição dos Brasa Doirada. Também o projeto Camaleão Azul, conhecido pelo seu cruzamento entre performance, música e expressão visual, que promete surpreender o público com uma proposta inovadora e envolvente. A abertura oficial será com agravação ao vivo do programa A Casa de Amália da RTP1, que, em Tavira, contará com a participação de José Gonçalez, Paulo de Carvalho, Diogo Clemente, Bruno Chaveiro e os Bandidos do Cante.

A programação integra, ainda, ranchos folclóricos, grupos musicais do concelho e a centenária Banda Musical de Tavira que celebra, este ano, o seu 100.º aniversário. As associações locais também marcam presença, apresentando o trabalho desenvolvido nas áreas da dança, música e outras expressões artísticas.

No Jardim do Coreto, manter-se-á a habitual programação Fado no Coreto, com a atuação de diversos fadistas da região, que levam àquele espaço o sentimento e a autenticidade do fado tradicional.

Este ano, pela primeira vez, o mesmo espaço será também palco de dois Grandes Bailes de Verão que pretendem recuperar as vivências de outros tempos, promovendo o convívio intergeracional e a celebração da cultura popular. Estes bailes serão também uma oportunidade única para ouvir ao vivo duas orquestras de baile que interpretarão os temas de sempre, com especial destaque para ritmos latinos e músicas da canção ligeira portuguesa, convidando todos a dançar e reviver tradições musicais populares.

Entre 18 e 20 de julho, o jazz também marca presença com três noites singulares: Mário Laginha & Tcheka fundem piano e sonoridades cabo-verdianas no projeto STRADA; Cantigas de Maio reinterpreta clássicos da música de intervenção com roupagem jazzística; e Elas e o Jazz, com Marta Hugon, Joana Machado e Mariana Norton, homenageiam as Andrews Sisters ao lado da poderosa Big Band da Nazaré.

As feiras temáticas, na Rua do Cais, animam o verão com propostas para todos os gostos: Os Dias do Vinho, de 11 a 14 de julho, oferecem provas de dezenas de produtores nacionais; a Feira do Livro, de 17 de julho a 03 de agosto, contará com atividades para famílias e crianças e com a presença confirmada de autores como Luís Osório, Pilar del Río, Deana Barroqueiro, Rui Cardoso Martins, Pedro Vieira, Pedro Seromenho, Jorge Serafim, entre outros; a Feira dos Ofícios, de 06 a 14 de agosto, destaca o artesanato e doçaria locais; a Feira de Antiguidades, entre 16 e 25 de agosto, revela peças raras e histórias de colecionismo; e a Feira de Stocks, de 28 a 31 de agosto, da responsabilidade da Associação para o Desenvolvimento da Baixa de Tavira, incentiva o comércio tradicional.

No Parque do Palácio da Galeria dois concertos imperdíveis: a 30 de julho, Mayra Andrade, uma das mais aclamadas vozes cabo-verdianas da atualidade, traz a sua fusão de morna, jazz e pop global com o seu reEncanto; e a 13 de agosto, Camané presta tributo a José Mário Branco, num espetáculo emotivo com direção musical de Luís Figueiredo. Os ingressos para estes concertos poderão ser adquiridos através da plataforma BOL – Bilheteira Online (www.bol.pt) e nos estabelecimentos aderentes.

No dia 12 de agosto, será celebrado o Dia Internacional da Juventude, numa parceria entre o Município de Tavira e a Associação de Estudantes da Escola Secundária Dr. Jorge Augusto Correia. O destaque da noite será a atuação do DJ Breyth, que promete animar a juventude tavirense e celebrar o seu papel ativo na vida cultural da cidade.

No campo das artes visuais, Tavira apresenta várias exposições de relevo: Serviço de Apoio Ambulatorial Local, patente na Ermida de São Roque, reúne obras de Ana Vidigal, Ângela Ferreira, Nuno Nunes-Ferreira e Susana Mendes Silva, explorando questões sociais e políticas através de abordagens contemporâneas; Chuva de Verão, com obras da Coleção de Arte Contemporânea do Estado de 25 artistas, incluindo Ana Jotta, Paula Rego, Lourdes Castro e José Pedro Croft, entre outros, no Palácio da Galeria; Dieta Mediterrânica, Património Cultural Milenar, exposição permanente patente no Pavilhão Medieval do Museu Municipal de Tavira, que dá a conhecer a importância desta herança na identidade local; Uma História, Seis Olhares, no Núcleo Islâmico, onde seis ceramistas contemporâneos dialogam com o passado islâmico; Olhar o Centro de Tavira, projeto fotográfico de Augusto Brázio e Nelson D’Aires, que retrata os rostos por trás de 20 estabelecimentos comerciais locais; e uma exposição de arte digital do Museu Zer0 na Ermida de Santana, patente de 16 de julho a 30 de agosto: uma instalação audiovisual do artista Vinicius Ferreira que explora o tema do mar e da água, através de tecnologias de projeção, criando um ambiente imersivo.

A encerrar, a Mostra de Cinema ao Ar Livre, iniciativa emblemática que este ano celebra 25 anos de existência. Da responsabilidade do Cineclube de Tavira, terá lugar nos Claustros do Convento do Carmo em duas sessões: de 17 a 27 de julho e de 07 a 17 de agosto. Com projeção de filmes premiados, clássicos e obras de autores contemporâneos, esta mostra tem vindo a afirmar-se como uma referência no panorama cinematográfico regional, proporcionando ao público sessões únicas sob as estrelas, num dos espaços mais emblemáticos da cidade.

Por todo o concelho, haverá ainda inúmeras outras propostas culturais, promovidas pelas Juntas de Freguesia, associações locais, coletividades e agentes culturais que contribuem para alargar a oferta e envolver todas as freguesias neste grande movimento cultural de verão. Esta descentralização cultural reforça o compromisso do Município com o acesso à cultura em todo o território, criando oportunidades únicas de encontro, descoberta e participação comunitária.

Este verão, a cultura em Tavira vive-se na rua. Junte-se à festa!