As alterações climáticas são, cada vez mais, uma preocupação a nível mundial. As emissões de gases com efeito de estufa (GEE), maioritariamente devido à ação humana, produzem alterações profundas na atmosfera e modificam os padrões climáticos (IPCC, 2007).
O dióxido de carbono (CO2) é um dos GEE responsáveis pelas alterações climáticas. A sua emissão tem origem, principalmente, na queima de combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural) e na desflorestação. O metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O) são também gases importantes no que diz respeito às alterações climáticas. Dados recentes indicam que a concentração de GEE na atmosfera é, atualmente, a mais elevada dos últimos 800 mil anos.
Nos últimos 150 anos, a temperatura média mundial subiu quase 0,8ºC e cerca de 1ºC na Europa. Se não forem tomadas medidas a nível mundial para limitar as emissões, o Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas prevê que a temperatura média global à superfície poderá aumentar de 1,8ºC a 4ºC até 2100. Isto significa que o aumento verificado na temperatura, desde a época pré-industrial, seria superior a 2ºC. Para além deste limite, podem ocorrer alterações irreversíveis e catastróficas (Agência Europeia do Ambiente, 2016).
Efeitos das Alterações Climáticas
Os impactos das alterações climáticas já foram observados e prevê-se que se tornem mais evidentes. A subida do nível das águas do mar poderá mesmo fazer desaparecer as zonas costeiras baixas do planeta, nas quais se incluem vastas áreas de muitos países europeus. Além disso, muitas regiões do mundo deixarão de ter recursos de água doce suficientes.
Também se prevê que a ocorrência de situações meteorológicas extremas, incluindo ondas de calor, secas e inundações, seja cada vez mais frequente e intensa (Agência Europeia do Ambiente, 2016).
Plano Intermunicipal de Adaptação às Alterações Climáticas (PIAAC)
A Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), em colaboração com os 16 Municípios do Algarve, elaborou o Plano Intermunicipal de Adaptação às Alterações Climáticas (PIAAC).
O PIAAC tem como foco a identificação das principais vulnerabilidades climáticas (atuais e futuras) e o estudo das possíveis estratégias de adaptação dos concelhos que constituem a AMAL.
O Plano elaborado identifica as opções estratégicas e as medidas de adaptação necessárias para aumentar a resiliência do território e populações aos efeitos das alterações climáticas e reduzir a vulnerabilidade do Algarve aos seus impactos.
Os documentos produzidos, no âmbito do PIAAC, podem ser acedidos, através da página do projeto: www.climaaa.com
Brochura – PIAAC-AMAL
Resumo não técnico – PIAAC-AMAL
Relatórios Setoriais
Relatório Setorial Agricultura
Relatório Setorial Biodiversidade
Relatório Setorial Economia
Relatório Setorial Energia
Relatório Setorial Florestas
Relatório Setorial Recursos Hídricos
Relatório Setorial Saúde Humana
Relatório Setorial Segurança de Pessoas e Bens
Relatório Setorial Transportes
Relatório Setorial Zonas Costeiras e Mar
Como podemos colaborar no combate às alterações climáticas?
Cada um de nós tem um papel muito importante no dia-a-dia.
Exemplos de medidas a adotar:
– Alterar o modo de locomoção, optando por formas de deslocação mais sustentáveis. Deve-se optar por deslocações a pé, de bicicleta ou de transportes públicos;
– Poupe energia em casa e no trabalho. Desligue luzes desnecessárias, não deixe os carregadores nas tomadas, opte por lâmpadas economizadoras ou led, aproveite o sol para secagem da roupa, utilize programas económicos nas máquinas de lavar, utilize o fogão e forno de forma inteligente evitando perdas de calor;
– Sempre que possível, aposte nas energias renováveis, aquecimento a biomassa, veículos mais eficientes e menos poluentes e biocombustíveis;
– Poupe água. Faça uma gestão eficiente deste recurso que é um dos mais afetados pelas alterações climáticas. Não deixe torneiras a pingar, reduza o tempo dos banhos, não deixe a torneira aberta enquanto lava a loiça ou os dentes, utilize as máquinas de lavar roupa e loiça com a carga completa, regue de manhã cedo ou à noite para evitar perdas de água;
– Reduza o consumo. Reutilize os objetos. Repare sempre que possível. Recicle! Tudo isto se enquadra na Economia circular. A redução do consumo leva à redução da produção de CO2 proveniente da produção industrial e, também, à poupança de recursos essenciais ao processo de fabrico.